terça-feira, 29 de junho de 2010

Esseu (sinopse) - by Sarah Almeida

 Teve uma época da minha vida (como se fosse tão diastante - este ano mesmo) em que eu comecei a pedir para alguns amig@s meus que escrevessem um conto para mim. Poderia ser sobre qualquer coisa, curinha mesmo, e que não se preucupasse com uma linguagem erudita, apenas que fosse criativo. Dei como prazo um mês, depois um mês e por fim a data do meu aniversário. Ao menos a Sarah (conheçam-na, ela é a melhor amiga do mundo - sarahcma@hotmail.com ) me enviou um sinopse da história dela (o resto nada escreveu - história? que história?). Até o fim das nossas férias (09 de agosto) elas nos enviará a história completa. Aí está a Sinopse:

Ei Nana... lembra-se do dia que nos conhecemos...?

 Esseu

  Esseu nasceu entre as nuvens. Todos viviam somente quando o Sol raiava. As nuvens davam a forma  a Esseu, quando Esseu dormia as nuvens eram a sua cama, quandou Esseu andava as nuvens eram o seu chão.
  O mundo além dos céus tinham em encantamento, e Esseu se acostumava e ele como você se acostuma a andar sobre seus dois pés. Quando amanhecia tudo criava vida, seres errantes que não sabiam o motivo de viver sob tal condição, com o Sol eles falavam, se moviam e dançavam com as nuvens.
    Não sabem o motivo, mas certo dia Azaki suviu além do céu. Azaki, que fora um balão na Terra, contava as suas viagens e o mundo que percorreu para Esseu.
  Azaki, que era a atração daquele mundo, causava tanta curiosidade e estranhamento do mundo abaixo do céu, que Esseu passou vários dias só a escutá-lo.
  Esseu era o mais alto, o mais leve, o mais valente e o mais amável de todos os seres. Diziam que ele tinha um mistério que segua caminhos que se cruzavam com os caminhos de todos que viviam ali.
  Certa noite, o Sol não raiou, o dia não amanheceu e Esseu, sendo o único que vivia na escuridão, cansado de contar as horas, sentindo tamanha saudade, de depôs de coragem e foi apalpando as nuvens, e descendo, e atravessando o véu que separava aquele mundo, aquela cortina que encobria tuas emoções, e começando a maior e mais emocionante aventura que você já viu.

domingo, 27 de junho de 2010

Tudo o que eu quero é ser feliz




  Primeira Parte

  Tudo o que eu quero é ser feliz, é demais isso uma moça como eu pedir isso, senhor? Por anos venho lutando por uma simples felicidade, uma relativa paz, um lar e uma famíla, até mesmo uma ilusória e hipócrita felicidade, mas ela é me sempre negada.
  O que posso fazer? Acontece que me minha vida e a minha realidade se emanharam por caminhos tão complicados e as coisas tornaram-se tão complexas... ai que saudades do tempo em que as coisas eram tão simples.
  Será que mamãe estava certa? Ela sempre me dizia para eu tomar cuidado por onde eu ando... se eu não fosse tão curiosa e tão exploradora, se eu tivesse esta maldita mania de querer tudo conhecer e percorrer todos os lugares e se eu não me apaixonasse tanto, talvez tudo fosse diferente. Hoje o mundo é feio. O que foi ontem, tornou-se presente... mas o que será amanhã? Pode as coisas ainda piorarem?
  Eu acreditava ser uma supermulher. Achava que dava conta de tudo. Queria saber tudo, ler tudo, fazer todos os trabalhos do mundo, ter múltiplas capacidades, ter um corpo saudável e bonito. Desejava saber lutar, falar muitas línguas, conhecer inúmeras pessoas, namorar muito e ainda ir a todas as festas. E mais: queria salvar o mundo. No entanto, tudo se tornou um fardo pesado demais para carregar. Não quero nada disso mais, aprendi a lição. Os homens não podem se tornar superhomens por si mesmo.
  Hoje me pergunto: como pude as deixar as coisas chegarem a este ponto? Eu sabia que isso podia acontecer, isso era previsível por mim, mas... eu fui orgulhosa demais. Acreditava-me muito forte e me lancei um desafio: vou tornar a minha vida mais intensa... vou até onde for o meu limite... e quando encontrá-lo... vou superá-lo! Encontrei o meu limite, perdi.
  Sabe, o que eu queria era viver. Queria me livrar daquela melancolia do cotidiano. O dia-a-dia e o banal me rupugnava. Simples tarefas como lavar louça e preparar almoço me horrorrizava. Isto é atraso, perda de tempo, tempo inútil, tempo disperdiçado. Tudo o que não tivesse diretamente ligado ao meu desenvolvimento era por mim desprezado. Meu tempo tornou-se algo parecido com um galão de gasolina furado em queria deveria me apressar em aproveitá-lo logo antes que ele se esgotasse. Depois, vi-me preso em meus próprios planos. De certa forma, consegui muita coisa do que eu queria, mas ao sacrifício de um mundo de coisas. E me cansei... estou cansada, exausta... todos estes meus sonhos começaram a exigir demais de mim... tudo o que eu quero é poder dispensar um dia da minha ao nada... e demostraram ter outra face... foram sonhos cruéis demais para uma só pessoa, não aguento mais..., pequenos demônios que querem sua alma... tudo o que eu quero é ser feliz, uma vida banal, sabe... eu desisti... e procuram te transformar em uma máquina... só quero dormir.

  Segunda parte

  O senhor levanta de sua cadeira, olha o interior da casa da moça e volta a sentar. Serve outro copo de chá para si, apoia sua cabeça em suas mãos e encara a moça com desprezo.
  - Você é uma tola. Idiota, boboca, perdida. E fraca.
  O homem levanta novamente da cadeira, vai ao banheiro e deixa a casa da moça.
  Mais tarde, encontra sua família em casa. Conta o dia para a esposa, conversa pelo telefone com o seu pai e brinca com os filhos. À noite, briga com a sua mulher. Meia hora depois, faz sexo com ela.
  No dia seguinte, de manhã cedo, toma o café-da-manhã com a família. Está na mesa o homem, sua esposa, seu filho mais velho (18 anos) e sua filhinha (16 anos). o filho mais novo continua dormindo.
  -Pai, mãe - conta alegremente sua filhinha (16 anos) - já sei o que quero ser quando crescer. Quero ser uma escritora famosa, uma artista plástica ou música. Já até consigo imaginar minha arte... ela vai falar sobre as desigualdades sociais... será uma arte de protesto... ou quem sabe de amor. Sabe o que o meu namorado me deu? Um caderno lindo (cheio de corações e eu-te-amos) para eu começar. Ele disse que eu tenho talento. Semana que vem agente vai...
  O homem se lembra da moça, seu semblante altera-se sutilmente. Termina o café-da-manhã em silêncio. Neste dia, falta ao emprego. Passa o dia em sua cama - não permite que ninguem o incomode - refletindo sobre toda a sua vida.
  À noite, escreve uma carta para a moça em tinta azul.
  "Os homens não podem se tornar superhomens por si mesmos. No entanto, somente os superhomens possuem vida."
  Dias depois, viaja ao interior para ver seus pais. Seu chefe ameaça despedi-lo. A esposa desagrada - os filhos vão perder a escola -, ela não gosta de sua mãe. 
  São recebidos com carinhos, um abraço quebra o desânimos da família. A noite, o homem pede ao seu pai para passear com ele na cidade. No caminho, conta ao pai seus pensamentos. Consegue evitar mostrar seus sentimentos (anos de treinamento).
  - Filho, o que posso fazer por você? Dei uma educação pensando em uma vida sucedida para você... e veja, você tem um ótima emprego, uma esposa bonita e filhos queridos. No meu tempo, essas eram as nossas preucupações. Se você não consegue se satisfazer com isso, deverá procurar resolver seu problema por si próprio. Mas se por você não é capaz disso, então, desculpe-me, meu filho, mas você é um fracassado. Tudo o que eu queria era que você fosse um homem feliz; pensei ter conseguido isso... mas você tem se mostrado fraco.
  Mais uma vez esconde seus sentimentos (ele é realmente bom nisso). À noite, despede dos pais e volta à sua cidade.
  Alguns semanas mais tarde, sua mãe liga para ele.
  "Filho, seu pai me contou sobre a conversa de vocês. Lamento muito que esteja passando por isso. Quero te dizer que apesar  de tudo o que aconteceu, você é capaz de superar isso. Não tome suas derrotas como argumento para provar sua fraqueza. Você será forte enquanto se mostrar forte, por isso, levante a cabeça e lute. O que você precisa agora para a sua vida é criatividade, meu filhinho; a solução de seu problema exige uma solução criativa para ela. Por isso, não busque a resposta nos outros ou no passado, mas na sua pessoal reflexão sobre os outros, o passado e si próprio. Por favor, seja feliz, eu te amo."
  Meses mais tarde, o homem não resiste, chora.
  Anos depois, sorri.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Torne-te quem tu és

Esta historinha é da época em que ainda tentava ser um escritor (de certo forma ainda tento, mas as cosias diferentes agora). Porém sempre tive problema em escrever, sempre foi difícil para mim escrever bastante, cada parágrafo é um sacrificío (não me peçam para escrever um projeto de epsquisa para vocês), mas esta história saiu relativamente fácil. Foi escrita em dois dias, em duas sentadas... e revista depois.

Havia um homem chamado X e este desejava fazer alguma coisa grande. Não sabia exatamente o quê, somente que deveria ser algo grandioso, espetacular e que valesse o trabalho de toda a sua juventude. Era jovem, hábil, forte e cheio de vida; dificilmente se cansava e não poupava muita energia para o que desejava; lutava contra a preguiça e buscava se fortalecer. Tinha um espírito rico e ousado, desejava coisas grandes coisas e possuia uma vontade poderosa. Tentava-se manter sempre calmo, e na maioria das vezes conseguia, porém ia à ação quando necessário, sem que com isso perdesse sua tranquilidade. Era forte.
Por toda sua vida foi bombardeado pelo sermão "conheça os seus limites", mas ele foi além. Conheça o seu poder, disse para si. Ele conheceu e descobriu que é capaz de muita coisa, reconheceu-se por fim poderoso. Seu coração encheu-se de motivação e determinação, seu punhos cerraram-se, olhos fecharam-se e sua mente olhou longe, longe, para além do horizonte. Nasceu dentro de si uma vontade de criar, criar tudo o que era capaz e tudo que não era capaz. Desejava criar algo magnifíco, belo, poderoso, que se impusesse presente, algo que impressionasse a todos e a si próprio, no fim, algo que fornecesse a todos um pouco do seu poder. Acima de tudo, desejava mudar o mundo.
X avaliou toda sua a vida até então. Julgou nunca ter feito nada de muito importante, nada que valesse a pena. Porém não se sentiu culpado por isso, nem pensa ter disperdiçado sua vida. Acredita que se alguma coisa acontecesse de forma diferente, tudo poderia ser diferente. Pois X nem sempre foi forte. Ele somente tornou-se o que é quando percebeu-se o que é. E toda a sua vida foi uma sequência de acontecimentos que o levou àquilo. E aquele era o seu momento. O momento de fazer coisas grandes.
Contudo, toda essa vontade de grandeza era uma coisa bem recente. Foi instruido e reinstruido a renunciar o mundo. "O mundo não tem sentido", diziam-lhe, "se você desejar ser grande, estará sujeito ao fracasso. Sua vida será como uma montanha russa: haverá momentos no topo e momentos em baixo. Os tempos felizes serão sempre curtos e sua mente lembrará com mais força a dor. Busque uma vida moderada; transforme sua felicidade numa linha reta". E por muito tempo X assim viveu. Porém, essa filosofia não conseguiu mais ser suficiente. Como explicar os momento em que ele simplesmente ficava triste, melancólico, sem motivo algum? E a quanto tempo ele não sentia aquela alegria forte, violenta, deliciosa! X decidiu abraçar o mundo. Sabia que arriscava, sabia que corria o risco de viver infeliz, admitia que ensinavam-lhe corretamente, não conseguia imaginar uma vida melhor no mundo, porém desejava-o. Então, desejou tudo. Quer estar num hotel extremamente luxuoso e ao mesmo tempo deseja estar num lugal miserável. Quer conhecer outras pessoas, viver outras realidades, interagir com vidas diferentes. Quer fazer tudo, aprender tudo e sentir. Busca a experiência suprema de vida.
Por que X quer tanto ser grande? Porque possui demais amor prório. Ele quer que toda a sua vida tenha um profundo significado. Não procura simplesmente viver, não busca prazer momentâneo, não age apenas pelo futuro, mas espera que a sua vida no todo tenha valor. Ele é vaidoso, orgulhoso, duro, frio, todavia não egoísta. A sua coisa grande é uma mudança do mundo. Seu fim último é o autodesenvolvimento.
O que é o autodesenvolvimento para ele? É se tornar aquele capaz de transformar o mundo. Qual é a grande coisa que se propôs a realizar? Transformação do mundo. Como ele pretende isso?
X descobriu mais. Percebeu que todos possuem tanto poder quanto ele, e que também desejam criar e transformar, talvez nem tanto quanto ele, porém não reconhecem isso. Consideram-se fracos. Duvidam de si próprios, perderam suas experanças, hesitam antes de agir. Temem lutar. Onde está o antigo prazer pelo combate, pela guerra, pelo sangue? Quando X realizar a sua coisa grande, todos saberão que são fortes.
Ele não sabe como realizará a transformação, porém reconhece nisso seu projeto de vida e seu valor. Dedicará sua vida a isso. Sabe que pode fracassar, sabe que pode ser infeliz e miserável, porém decidiu abraçar o mundo e esta é a história
de sua vontade de criar.

A raposa e o céu

Esta é a primeira história que escrevi no msn. Estava conversando com a Pimbão e do nada disse: deixa eu te contar uma história. E comecei a escrever e escrever e em 10 min estava pronta, de uma vez... não é das melhores, mas acho que ficou interessante.

Diego Diego diz:
Vou te contar uma historinha:
era uma vez uma pequena raposa
e esta pequena raposa tinha acabado de nascer
no entanto, não era um acabado de nascer normal,
seu gestação durou 5x mais que o normal
quando nasceu, já era capaz de pensar
e de falar
e de sentir
e nao demorou muito fazer isso.
qdo nasceu, assustou-se
o mundo era por demais assustador para ela
olhe o tamanho daquelas arvores! e se elas cairem em mim
olhe o tamanho daquela cachoeira, e ela despencar
olhe o tamanho do céu, e se ele cair em mim!!!!
e por estar assustada demais, fez um buraco no chão e por lá viveu
nao saía de lá nem para caçar
devido a sua alta capacidade de pensar, elaborou uma complexa armadilha ao lado de sua toca
e sua presa era levada automaticamente a sua toca
e lá muito anos viveu
no entanto, qdo ficamos só, nao é fácil se entretermos
os seres pensantes nao bastam a sim mesmo
e a raposa teve que fazer alguma coisa
teve que lhe dar um objetivo, uma razao de vida
pois ela pensava, e seres que pensam uma hora ou outra se defrontam com a questao da existencia
que devo fazer da minha vida? o que é vida? pq nao me matar neste extado momento? qual o sentido de existir?
entao ela começou a fazer buracos
o que era uma pequena toca tornou-se um grande salao ligado a outros saloes por emaranhado de tuneis
e todo aquela buracos representam a razao da raposa
o que ela pretendia fazer?
o que ela queria?
o que tinha a ver criar buracos com a questao existencial da vida?
nao importa, pense menos e cave mais
e cada vez sua obra ficava maior
e maior
e maior
no entanto, aos poucos via-se a que os buracos nao eram criados ao acaso
percebia-se regularidade neles
e aos poucos ele foi tomando forma
e depois de longos duros anos, a obra estava pronta
e via-se o céu em sua obra
aquele mesmo céu que assustou a raposa
e ela entao saiu de sua toca, sem medo, subiu até o alto do cachoeira e disse:
Céu, aí está vc. Vc caiu, mas eu sobrevivi. E isto basta.
Entaão, sorrindo, a raposa caiu no céu.
Fim